domingo, 9 de janeiro de 2011

Património Natural


Flora

A Floresta Laurissilva classificada pela UNESCO como património mundial da humanidade, encontra-se bem patente neste concelho. Este tipo de floresta encontrou nas ilhas da Macaronésia uma plataforma de sobrevivência, escapando às ultimas glaciações que assolaram as partes continentais do planeta, nomeadamente a Europa. Este tipo de floresta é composta por espécies de pequeno porte, médio porte e grande porte. Um factor determinante para a distribuição das espécies é a altitude. Assim sendo, temos as espécies que proliferam junto ao litoral e até uma altitude de 200 metros, são essencialmente plantas pequenas e dotadas de características que lhes permitem sobreviver à relativa falta de água, são os casos concretos de: o Massaroco do Litoral (Echium Nervosum); os Ensaiões (Aeonium Glutinosum).
Oscilando entre os 200 e os 1600 metros existe uma grande faixa composta por um grande conjunto de plantas que vai desde os pequenos musgos e líquenes até às majestosas plantas de grande porte como por exemplo: O Til (Ocotea Foetens) e o Vinhático (Persea Indica).
Acima dos 1600 metros a vegetação é pouco saliente, os ventos agrestes, o frio, a altitude não permitem o pleno desenvolvimento das plantas. A área de floresta da Laurissilva que cobre o Concelho de Santana cifra-se em 3074 km2, traduzindo-se assim num valor muito representativo.
Quem visita Santana, não deve perder a oportunidade de deslocar-se a dois pontos muito bonitos, concretamente o Parque Florestal do Pico das Pedras, onde se encontra um grande viveiro florestal, permitindo assim conhecer mais sobre as espécies vegetais. Igualmente importante é o Parque Florestal das Queimadas considerado um dos espaços mais agradáveis de lazer em toda a Madeira, um verdadeiro Olimpo para contemplação dos sentidos. 
Prosseguindo a informação sobre o património natural do Concelho de Santana, falta referir toda a importância geológica existente nas várias freguesias de Santana.

Os aspectos relevantes consistem na forma interessante que as rochas apresentam bem como a estrutura colossal que as caracteriza.
Na Freguesia de Santana, Achada do Teixeira, os imponentes blocos de Rocha Basáltica ali existentes impressionam os visitantes pela sua forma invulgar, que deu origem ao nome pela qual é conhecida, ou seja o “Homem em Pé”. Estas bonitas rochas apesar de estarem expostas ao longo dos tempos a variáveis e duras condições climatéricas, persistem verticalmente desde os primórdios, referência ainda para os bons exemplares de Urze que circundam as referidas rochas.
Na Freguesia de São Jorge, no Sítio do Calhau da Ribeira de São Jorge, Junto à Foz é de salientar a fenomenal beleza dos Basaltos lamelares que adornam o talude da pequena vereda que dá acesso ao Antigo Caminho Municipal Foz da Ribeira – Cais da Ponta Gorda.
O Faial é outra das Freguesias de Santana com potencial geológico, nomeadamente a Foz da Ribeira. Provavelmente aqui encontra-se a estrutura rochosa mais complexa de todas as que foram referidas, caracteriza-se por ser uma compacta e elevada parede de basalto em disjunção colunar cujo o alinhamento é perfeito, levando os observadores a supor que ali houve intervenção humana tal é a finura e detalhe apresentado nas colunas.
Por último mas igualmente de grande significado para esta freguesia é a “Penha D´Aguia”, um inegável símbolo paisagístico que identifica o Faial em termos Regionais e Internacionais, frequentemente referenciado nos postais e nos livros alusivos à Madeira.
A Penha D´Aguia é um gigantesco maciço rochoso, que atinge uma altitude de 590 metros, e é possível atingir o seu topo através de dois acessos: um pelo Sítio da Penha D´Aguia e o outro pelo Sítio da Cruz. Ao chegar ao topo, a panorâmica proporcionada é verdadeiramente deslumbrante, o topo da Penha D´Aguia é coroado com uma panóplia muito interessante de plantas indígenas e exóticas.
Sensivelmente a trezentos metros do local referido anteriormente, uma outra formação rochosa conhecida como a “Cara”, evidencia toda a força que a natureza exerce sobre os elementos naturais, moldando-os lentamente de uma forma muito peculiar.

Fauna




Santana como Concelho, é contemplado por uma longa costa de mar, que abarca uma significativa biodiversidade de seres.
Esses seres encontram-se protegidos essencialmente na Reserva Marítima da “Rocha do Navio”, criada através da manifesta vontade dos Munícipes de Santana, que perante a Autarquia, pediram para esta mesma instituição solicitar aos Órgãos Regionais com competência na matéria, a consagração de uma protecção legal às espécies marinhas que proliferam um pouco por toda a Costa Norte da Ilha.
Após uma apreciação cuidada, através do “DLR n.º 11/85 M. DR118/5 série de 1985-05-23, estabeleceu-se legalmente um regime de protecção, entre a Ponte de São Jorge e a Ponta do Clérigo, sendo igualmente definida entre a linha da maior Praia-Mar e uma relativamente extensa porção de Litoral Marinho até à profundidade de 100 metros, esta área é oficialmente conhecida como “Rocha do Navio”.
Deste modo, evita-se que sejam cometidos atentados ambientais como aqueles que se verificavam anteriormente, com recurso a explosivos e redes de densa malha.
Entre as espécies que são protegidas merecem especial destaque: O Mero, cuja captura através da prática de caça submarina é proibida constando em Decreto Legislativo Regional, o Badejo Amarelo, o Lobo-Marinho e uma grande concentração de Zimbros no Ilhéu da Rocha do Navio.
A fauna que compõem a floresta Laurissilva é igualmente interessante sobretudo em termos de aves como por exemplo o belo Pombo Trocaz (Columba trocaz); o Francelho (Falco Tinnunculus Canarienses) e a Manta (Buteo Buteo Harterti).


Fonte: http://www.cm-santana.com

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